Paixões pelo Caeté - José Ribamar de Oliveira


Falar do Caeté é emocionante! Terra alvissareira que “sem as paixões, nada existe de sublime, nem nos costumes nem nas obras humanas”. Esta paixão enraizada por aqueles que a denominaram de “benquerença”, fez-me trazer ao presente o futuro apropriado no passado, cheio de tradições, sem a qual não podemos construir a história.

Terra da Promissão, a nossa terra,

Ninho de amor, de paz e de beleza,

Tanta doçura virginal encerra,

Que até parece o altar da natureza

Onde a alma, às vezes, entre sonhos, erra...

 

E de Bragança, eterna vigilante,

A cruz iluminada da Matriz

Levando o seu clarão léguas distantes

Mostra como o seu povo é bem feliz

E abençoado por Deus a todo instante.

 

Por isso, nesta lira que não cansa,

Canto, feliz alegre, satisfeito,

O berço onde nasceu minha esperança...

E de joelho em terra e mãos no peito,

Rezo pelo destino de Bragança.

 


Autor
: José Ribamar Gomes de Oliveira 

(Professor, historiador e escritor de Bragança)

E-mail: ribines51@gmail.com 


 

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Historicidade Jesuítica no Caeté - José Ribamar Oliveira

Historicidade Jesuítica no Caeté - José Ribamar de Oliveira

Tudo começou com Daniel de La Touche, Senhor de Lavardière, em 17 de julho de 1613, conforme descreve em seu livro “Viagem ao Norte” (1613-1614) o capuchinho francês Frei Ives d’Evreux. O fidalgo Daniel de La Touche e comitiva foram bem recepcionados pelos índios Caetés da nação Tupinambá. E nessa terra permaneceram um mês, seguindo posteriormente para a aldeia Meron, de onde demandou, diretamente, à Taba-Pará.

Em plena Província do Maranhão e Grão-Pará, a Aldeia de São João no rio Gurupi, perto de Vera Cruz, sede da capitania fundada pelo Padre Antonio Vieira, e segundo o Padre João Felipe Bettendorf, o primeiro superior dela foi o Padre Jácome de Carvalho.
A aldeia do Gurupi cresceu muito com os índios Apotingas que o Padre Álvaro desceu do Piriá. Em 1661, era Capitão-Mor do Gurupi, João Herrera da Fonseca que defendeu os jesuítas de um traiçoeiro motim. 
 
Mudando-se a sede da Capitania para o Caeté, a Aldeia seguiu-a. E com ela mudara-se alguns índios, acompanhados por missionários. Mas a transferência jurídica da Aldeia data de 1672.A mudança dos jesuítas para o Caeté fora uma exigência do donatário Manoel de Mello e moradores. E diziam que só queriam os jesuítas. Para que os padres abandonassem a nova e grande residência de Gurupi, donatário e moradores se comprometeram em reconstruir o que existia em Vera Cruz. A remoção dos jesuítas para o Caeté se concretizou depois do apoio incondicional do Governador Pero Cezar de Menezes, a pedido do donatário. Os padres, ainda que com prejuízo, mas com benefícios da Província, escrevem para Roma que estavam a fazer mudanças, em janeiro de 1672. 
 
Desafiando as intempéries da vinda hodierna, quem primeiro esteve no Caeté foi o Padre Pero Francisco Cassali, vindo do Ceará. Mas quem os caeteenses queriam era o Padre Gonçalo de Veras. Ao passar pelo Caeté, em 1674, Bettendorf relata, “Padre Gonçalo Veras era Vigário de Vara para os brancos, agasalhando a comitiva com satisfação, não faltando as danças dos moradores que à boca da noite, com violas, saudavam o Vigário Geral. O missionário morava, por aquele tempo, em casa construída pelo primeiro vigário, depois, mudou-se para Aldeia”.
 
Nos relatos do Ouvidor da Câmara, Feliciano Ramos Nobre Mourão, 29 de março de 1764, descrever que “a dita Vila, antigamente, sempre teve duas povoações separadas, como ainda hoje tem em breve distância, como da Praça das Mercês a Santo Antonio dessa cidade. Em uma povoação residiam os Europeus, e em outra os índios que pertenciam às Missões da Companhia de Jesus”.
 
 
Nas viagens marítimas, além do altar portátil, as embarcações missionárias condiziam campainha e relógio de areia. Como se estivesse em residência, o religioso, como de costume, fazia a oração e os exames, lia lição espiritual ordinária, além da recitação da ladainha de Nossa Senhora. Para ocupar o tempo da viagem, o missionário prendia-se na leitura de livros espirituais, muitos deles contidos nas bibliotecas das residências missionárias. Na Aldeia os padres tinham casas próprias, separadas das dos índios, junto à Igreja, quando possível, cercadas, de modo que para nenhuma coisa fosse necessária sair, e quando o fizesse, ainda que fosse à Igreja, mesmo sendo separada da casa, fazia acompanhados de uma outra pessoa. 
 
 
Na visita de Padre Antonio Vieira ao caeté, como era de costume, “aconteceram renovações de votos dos padres que se encontravam na Aldeia, ouvindo as leituras das regras, preceitos e ordens de Roma, e propunha, fazer as penitências de devoção, e quaisquer outras”.
A vida clausura era respeitada tão logo acabasse “os ofícios divinos, fechado com as horas de Ave Maria. À noite, se houvesse necessidade de abrir uma das portas, o missionário seria acompanhado por um outro sacerdote ao menos esteja o Superior à vista, enquanto o companheiro abre e fecha”. 
 
Na aldeia os jesuítas introduziram as confrarias do Santíssimo-que propunha assistir e administrar o sacramento e da Santa Unção, que pertencia todas as festas de Cristo, das Almas, com o cuidado de enterrar cristãmente os mortos e das outras obras de misericórdia; e a do Orago da Igreja que pertenciam às festas de Senhora e dos Santos”. Foram os jesuítas que introduziram a devoção à Nossa Senhora do Rosário em Sousa do Caeté, tanto que em relatos do Ouvidor Geral Feliciano Ramos, este solicita à Província, “a necessidade que na dita vila se construa uma igreja a Nossa Senhora do Rosário na povoação dos Ilhéus, porque a tem, se acha na ruína”. 
 
Na Aldeia, às proximidades do rio Caeté, fora construída uma “igreja espaçosa, cujo Orago era São João Batista. Nos altares colaterais encontravam-se o Senhor Jesus Crucificado, a Senhora de Nazaré, esta, provida de ornamentos”. Na quarta década do século XX, já não existia a Igreja de São João. Deixada ao abandono, o tempo arruinou-a, e acabou sendo demolida pelos homens, ficando a posteridade as lembranças nas poesias e crônicas de Rodrigues Pinagé. 
 
A convivência entre nativos e senhores, na Aldeia, nem sempre era às mil maravilhas. Há indícios de que não faltavam ocorrências pesadas... No necrológico do Padre Antonio Vaz se lê que Capitão-Mor, Amoro Cardoso, não respeita a honestidade das índias e o Padre João Carlos Orlandini também os teve por parte do Capitão-Mor. Em resumo, era uma questão de regime das aldeias. E choveu papelejos contra o padre, “papéis falsíssimos”, diz o mesmo cronista. Foi preciso o Superior da Missão ameaçar o Capitão-Mor de que tiraria o Padre da Aldeia. Mas sobre uma pandemia de bexigas e o Padre João Carlos foi à providencia de todos. Reconhecendo seus erros, “Capitão Mor do Caeté e moradores, descobrindo a inocência do vigário pela disponibilidade em socorrê-los na indigência, fez com que a autoridade da Aldeia tivesse uma radical conversão, tendo em Padre João Carlos um homem de Deus, sem distinção de classe, seja ele branco ou indígena”. 
 
A população da Aldeia Caeté, em 1730, era de 490 indígenas, sendo (4) catecúmenos. As reviravoltas sempre foram o pão-nosso dos missionários. Nos momentos de paz, adoração; nos momentos de aborrecimentos, “papéis falsíssimos...”.
Nem sempre os padres guardariam a justa medida da defesa dos índios; os colonos excediam-na, com a desvantagem de terem a parte a parte menos simpática, como aquele Capitão-Mor que antes das pazes com o missionário, “até fazia puxar as raparigas, em lugar de bois, para fazer funcionar uma engenhoca de aguardente que tinha”.
 
Havia alguém mais culpado: era a legislação de báscula. Legislação essa, em precisa, encarregando os padres de tarefas odiosas junto a colonos e que, a Aldeia desse seu jeito.
Em 1751, aporta em São Luiz, Capitão-Geral Francisco Xavier de Mendonça Furtado enviado pelo seu irmão, Marques de Pombal. 
 
Outras violências insurgem na Aldeia. O Provincial da Companhia de Jesus exige do Governador da Província providências urgentes no sentido de punir os culpados, tirando-os da Aldeia, também, as autoridades coniventes, para que os jesuítas voltassem à Aldeia. Com isso a capitania Souza do Caeté, começa a experimentar a decadência e, para salva-la, Capitão-Geral Francisco Xavier de Mendonça Furtado a visita, em 1753, transformando-a em Vila.
 
Vieram as perseguições de Marques de Pombal contra a Companhia de Jesus e no dia 18 de fevereiro de 1757, volta a Belém o último missionário do Caeté. 
 

Autor
: José Ribamar Gomes de Oliveira 

(Professor, historiador e escritor de Bragança)

E-mail: ribines51@gmail.com 


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De Castro e Sousa, bragantino, pertencente a uma geração romântica, deixa transparecer uma paixão por Bragança; mesmo sendo um “ninho de amor e de paz” pode ter seus momentos de deslizes, claro, é formado por seres humanos sujeitos ao erro, na condição de que, no seguimento, o clamor seja mais audível.

A cruz, sinal de sofrimento, quando iluminada, sinal de esperança, estará sempre presente na vida dos cidadãos que, perante o Deus infinito, os joelhos se dobrem num suplício sinal de reconhecimento “como um devoto, como um santo, como um artista”.

A bragantinidade não se explica, vem de berço. Aos que adotam Bragança como terra da promissão, experimentam e tornam-se eloquente pela efusão. É o maná que leva à degustação do espírito bragantino.

Aglutinado da paixão bragantina, o cidadão, onde estiver, estará Bragança, colocando-a num pedestal, onde a natureza representa o maior símbolo de idealização. Será uma Bragança movente de amor que dá luminosidade a cada referência, como as divindades, representando a fé religiosa que envolve o povo bragantino. 

Bragança, aonde está minh’alma está você!

Se não fosse bragantino,

Faria uma Bragança pra eu,

Deleitar a brisa

A cultura e o telúrico,

Do humano que é seu.

 

Bragança das palmeiras,

Revigora a tua fé,

A palavra qu’implantada,

É feito de esperança

Aqueles do Caeté.

 

Bragança,

Revive o teu passado glorioso,

Agitado e rumoroso,

Indormido, que o feliz testemunhou,

“Terra prometida” ao futuro reservou!

 

Os retalhos que afloram,

Enobrece qualquer um;

Agigante o bragancismo varonil;

Vai dizer ao paroara,

Que estás de pé pelo Brasil!

 


Autor
: José Ribamar Gomes de Oliveira 
(Professor, historiador e escritor de Bragança)
E-mail: ribines51@gmail.com 
 
 
 
 
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Projeto Aluno Repórter - A Imprensa na Escola Rádio e TV


O Projeto Aluno Repórter surgiu efetivamente no ano de 2002/03 como um protótipo de um projeto de Rádio Escola, onde os alunos do professor Beto Amorim (recém contratado pela SEDUC) foram convidados por ele a participar do projeto como alunos repórteres na cobertura da Feira das Ciências da Escola Estadual Rio Caeté. Até aquele momento, o prof. Beto Amorim trabalhou como radialista, desde o ano de 1992 na Rádio Pérola FM 92,1. Enquanto os demais professores apresentavam projetos científicos, o prof. Beto Amorim seus alunos e um professor voluntário (prof. Cleidson Paiva) divulgavam os informes na Rádio Escola. 
A "rádio” foi construída juntando equipamentos emprestados por amigos e familiares do
prof. Beto Amorim, incluindo uma caixa de som que ficava suspensa num poste de iluminação da escola. A Escola Rio Caeté era muito discriminada na cidade pelo fato de estar situada na periferia. As demais tecnologias existentes na escola naquele momento (computador e internet) não ajudavam muito, pois haviam poucos professores com conhecimentos técnicos para realizar projetos que motivassem os alunos a desenvolver suas habilidades e competências. As aulas estavam restritas à sala de aula com quadro e giz.
A ideia de levar adiante este projeto e dar mais visibilidade e abrangência às outras escolas de Bragança, levou o professor Beto Amorim e o professor Aylton Rocha a apresentarem um projeto de um programa de rádio à direção da Fundação Educadora de Comunicação, onde a partir do ano de 2008 passaram a apresentar um programa de rádio chamado Bê-a-Bá, na Rádio Educadora FM 106,7. Nessa parceria com o prof. Aylton Rocha, passaram a executar o Projeto Aluno Repórter durante o programa de rádio. Antes disso, prof. Beto Amorim já havia trabalhado voluntariamente na Fundação Educadora desde a inauguração da Rádio Educadora FM no ano de 2002-2005 apresentando um dos programas da grade de inauguração.
 

Agora, toda a região podia ouvir as produções dos Alunos Repórteres, reportando os acontecimentos de suas escolas. No ano seguinte, o projeto ganhou um horário na Rádio Educadora AM 1390 KHZ. No início foi cedido o horário de 21:00 às 22:00. Mais tarde, passou para o horário de 08h00 às 09h00. Naquele momento, foram convidados alguns profissionais da Rádio Educadora e de outras rádios locais para, de forma voluntária, realizarem oficinas e palestras sobre o rádio para os alunos participantes. A partir daí os alunos passaram a participar do programa de rádio do projeto como alunos repórteres, reportando os principais acontecimentos de suas escolas.
 
 
O programa era apresentado pelos professores Beto Amorim e Aylton Rocha. A cidade de Bragança, as comunidades e os municípios vizinhos, passaram a ouvir as boas ações que as escolas estavam realizando. Os belos projetos de professores que, até então, estavam no anonimato. Percebemos uma clara elevação da autoestima dos alunos e de muitos professores envolvidos no processo. No ano seguinte, estendemos a proposta para todos os municípios de jurisdição da 1a URE Bragança: Bragança, Tracuateua, Augusto Corrêa, Viseu e Cachoeira do Piriá. Professor Aylton Rocha permaneceu na coordenação até o ano de 2012. Nesse momento a SEDUC havia efetivado nossa lotação no Núcleo Tecnológico Educacional de Bragança (NTE Bragança), para que pudéssemos realizar exclusivamente o Projeto Aluno Repórter nas escolas Bragantinas. Até esse ano já havíamos realizado atividades também com o audiovisual, aproveitando a estrutura de TV que a Fundação Educadora de Comunicação possui. 
 

Nossos alunos já realizavam produção de conteúdo audiovisual que eram exibidos na programação local da TV Educadora. A partir daí, juntou-se à coordenação, os professores Diego Fernando e a Professora Socorro Braga. Juntos conseguimos manter o bom funcionamento das atividades envolvendo cada vez mais os participantes com as atividades do Rádio, TV e Internet. Infelizmente, prof. Socorro Braga faleceu no ano de 2021, vítima da Covid-19. Uma grande perda para o nosso projeto. Para ocupar o seu lugar, convidamos a professora Adriana Barros, que já realizava um excelente trabalho com a prof. Socorro Braga, envolvendo diversas tecnologias em favor da aprendizagem.
No decorrer dos anos encontramos muitos desafios para manter o funcionamento do projeto, especialmente para manter o funcionamento dos nossos Laboratórios de Rádio e Tv, localizados na Fundação Educadora. Muitas pessoas já nos criticaram ao longo da caminhada ao dizerem coisas, tipo, "vocês trabalham tanto pro governo e ganham o mesmo que os outros” ou "os alunos da escola pública não tem jeito, é só problema! ”, ou que nas escolas públicas não acontece nada. Engana-se quem pensa assim, pois já testemunhamos fatos incríveis a partir das iniciativas dos nossos alunos.

Recentemente, durante este período de pandemia, um dos nossos alunos planejou e realizou um Live com a consagrada Jornalista e Escritora Cristina Serra. No ano de 2010, um aluno de uma escola da periferia escolheu um problema crônico de sua escola
(falta de energia durante à noite em parte da escola) como pauta para sua reportagem. Como resultado de sua iniciativa, os funcionários da concessionária de energia ouviram a matéria no nosso programa e providenciaram o reparo. Um outro aluno nosso conquistou um prêmio nacional da Câmara dos Deputados, em Brasília, com a produção de um vídeo sobre a Lei Maria da Penha.Temos plena certeza que nosso trabalho contribui para a formação integral de adolescentes, jovens e adultos e, consequentemente, para o mercado de trabalho em geral da região. Podemos constatar isso com a presença dos nossos ex-alunos em emissoras de TV locais e de outros municípios, além de produtoras de cinema.
No ano de 2022 resolvemos inserir atividade de
Robótica nas ações do projeto. Prof. Adriana Barros é quem coordena. Agora, nossos alunos repórteres também estão desenvolvendo programação de robôs que começam com uma grande preocupação ambiental ao trabalharem com materiais recicláveis.
Graças à ações como essa é que já conquistamos as seguintes premiações: Edital 022/2008 - FAPESPA - Projeto Aluno Repórter - RÁDIO Edital 022/2008 - FAPESPA - Projeto Aluno Repórter - TV; Prêmio NAVEGATUBE 2009 - 2° Lugar; Edital Ministério das Comunicações/UFPA em 2012; 14° Prêmio Escola Voluntária - 2° Lugar; Prêmio Itaú-Unicef 2015 - Premiado Regional (Norte); Prêmio Itaú-Unicef 2017 - Premiado Regional (Norte); Prêmio Nacional Itaú-Unicef 2017; Educador Destaque - Prêmio Escola Voluntária do Grupo Bandeirantes-SP; Rotary Club de Bragança-PA - Diploma Reconhecimento Ideal de Servir; Título de Causas Imortais - Academia Letras do Brasil - Seccional Bragança e Honra ao Mérito - Câmara Municipal de Bragança. Nossa última premiação foi a do Programa Criança Esperança, da Rede Globo e Unicef em 2020.
Autor: Beto Amorim ( Professor e Radialista)

Contato

91-34251129
91-88257984
 
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